
Falando de Guarda-Chuvas.
Desde criança, os Guarda-Chuvas sempre estiveram presentes na minha vida, mesmo porque vivi na cidade de Joinville, onde chove mais que em outras cidades. Na minha infância, que foi até o final dos anos 60, eles eram tão valiosos e caros, que havia várias lojas e profissionais que os consertavam. Hoje em dia, ficaram tão baratos, que esses profissionais nem existem mais.
Uma lenda que existe sobre os Guarda-Chuvas é que todo mundo perde Guarda-Chuvas, mas ninguém os acha. Como se existisse uma espécie de “Paraíso dos Guarda-Chuvas”. Mas, não é verdade. O que existe de real, é que as pessoas que encontram, eventualmente, algum Guarda-Chuva não o admitem. No meu caso em particular, a verdade é que já perdi nove Guarda-Chuvas, mas já “encontrei” dois. Um foi sem querer, o outro foi proposital... Aqui vai a explicação: Certa vez usei um velho Guarda-Chuva, todo estropiado, para ir do carro até meu local de Trabalho. Meio envergonhado dele, o deixei aberto no banheiro masculino, para secar. No final do expediente, saí alguns minutos depois dos outros, e como a chuva persistia, fui buscá-lo. Ele não estava mais lá; em seu lugar estava outro igual, mas novinho em folha. Peguei-o assim mesmo, mas, no outro dia, para alívio de minha consciência, anunciei para todos os colegas o que acontecera, e, para minha surpresa, ninguém se apresentou. Fui obrigado a ficar com o novo; mas algum tempo depois o perdi. O outro Guarda-Chuva que “achei” foi proposital. Estava num laboratório clínico para realizar um exame, quando começou a chover, e eu estava sem Guarda-Chuva, mas havia um lá, aparentemente sem dono, pois só estava eu lá dentro.. Sem peso na consciência, peguei-o para sair na chuva, e o tenho até hoje, cerca de dois anos depois... Se analisar bem, ainda estou no déficit...