sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Influência da Língua Francesa no falar joinvilense


boucaro
nm (bou-ka-ro)
Terre odorante et rougeâtre dont on fait des vases à rafraîchir. On trouve aussi bocaro, bucaro.




Influência francesa no vocabulário joinvilense.


A influência da língua francesa no linguajar joinvilense não se resume apenas aos nomes dos personagens franceses que aqui viveram, ou que, de alguma forma, deixaram seus sobrenomes para denominar ruas e lugares, como Joinville, Aubé, Taunay, Conde D’Eu. Vai muito mais além,
Com a concessão, pelo Governo Imperial do Brasil ao Dr. Benedit Jules Mure, em 11/12/1841, de uma área de terra na província do Sahy (hoje Saí) teve início a primeira experiência de uma colônia socialista na América do Sul, o Falanstério do Saí.
Para dar início a esta experiência coletivista, aqui chegaram os primeiros 217 colonos franceses, que por falta de comando, brigaram entre si e se dividiram em dois grupos, os do Sahy e os do Parmitar (Palmital).
Já em 1843, um visitante publicou o seguinte relato no “Jornal do Commercio”.
“Vi na colônia carpinteiros ocupados em lavrar a terra, curtidores em plantar, engenheiros a abrir valas, maquinistas a derrubar paus, finalmente fabricantes de máquinas a vapor rebocando paredes. É um dado que nisso foi um tanto culpado o empresário, que, ao princípio, devia mandar vir da França lavradores, para depois chamar os artistas e maquinistas”.
Com o fracasso da colônia socialista, a maioria dos colonos se dispersou pelo país, mas alguns ficaram pela região, onde disseminaram sua cultura, e ainda hoje restam alguns sobrenomes franceses em nossa população, e algumas palavras também.
Por exemplo, temos o rio Bucarein e o porto com o mesmo nome, já citado em janeiro de 1846. A origem deste nome é do francês boucaro que designa a terra avermelhada e odorífera da qual se fazem as telhas, tijolos e vasos a refratar (cozer). Bucarein seria “o que vem da olaria” A prova é que este rio nasce no atual bairro Floresta, cujo solo é rico na argila usada nas olarias.
Outro exemplo é a palavra mus, que designa uma espécie de doce em pasta, usado para passar no pão, geralmente de goiaba ou banana, muito comum na região rural de Joinville, que é derivação do francês mousse, um doce cremoso, conhecido mundialmente

Um comentário:

Anônimo disse...

Nao consigo achar oqe qero.. Ta faltando mtas coias.. --'