terça-feira, 18 de março de 2008

O Mar e suas surpresas


O mar e suas surpresas.

Quando vamos pescar no mar, devemos estar preparados para tudo, porque além daquelas espécies mais comuns de ocorrer no lugar onde estamos, muita coisa inesperada pode acontecer, as vezes frustrantes, as vezes surpreendentes. Tenho para contar alguns casos que presenciei, e que podem servir de exemplo do que pode acontecer.
No final dos anos 60, realizou-se em Joinville um show com o grande baiano Dorival Caymi. Depois do espetáculo o artista ficou alguns dias na cidade, a convite do pai de um amigo meu, e realizaram diversos passeios e outras atividades, entre elas uma pescaria.
Na pescaria, além do pai do meu amigo, foi além do artista, o então ministro dos transportes Coronel Mario Andreazza, meu amigo e eu. Munidos de uma autorização do exército, fomos pescar no costão do Forte, em São Francisco do Sul. Foi uma boa pescaria, onde pegamos onze anchovas, e como curiosidade, o Coronel Andreazza fisgou uma tartaruga marinha em sua linha. Veio que nem peixe, beliscou e foi ferrada.
Passou-se o tempo, e depois de alguns anos voltei sozinho no mesmo lugar, meio escondido, porque era proibido pescar naquele costão.
Não estava dando nada, mas de repente, ao recolher a linha, senti o peso de alguma coisa meio inerte na ponta do meu anzol. Com dificuldade arrastei o objeto, que ao chegar à superfície revelou um contorno arredondado. Imediatamente pensei numa tartaruga.
Entusiasmado com a perspectiva, trabalhei o bicho, até que, ao sair da água, mostrou-se em toda a sua realidade. Era um pneu de bicicleta....
Outra vez, estava pescando na Barra do Sul, em frente ao restaurante do Chico, e algumas gaivotas estavam na água, pouco depois da arrebentação. Senti umas puxadas fortes na linha, e vi uma gaivota ferrada no meu anzol. Eu não sabia o que fazer, e tentei tirá-la da água para desengatar o anzol e salvar o bichinho. Mas a linha era muito fina, e acabou por arrebentar, e a gaivota voou levando o chicote com dois anzóis e a chumbada. É bom saber que eventualmente uma ave marinha pode se interessar pela isca...
Mas a surpresa mesmo aconteceu quando estava pescando na lagoa da Gamboa, em São Francisco do Sul. É a mesma lagoa da Barra do Sul, só que do outro lado. A praia de areia se estende por um raso de cerca de 100 metros até chegar ao canal, que ali tem de 6 a 8 metros de profundidade. Era um final de tarde, sem nenhum vento, e lagoa parecia um espelho naquele cenário paradisíaco. Completamente só, nenhum ruído quebrava a tranqüilidade do lugar, estava com água pelo joelho, pescando no canal.
De repente, uma lontra pos a cara fora da água bem na minha frente, e soltou um bufido ao emergir, desaparecendo em seguida. O susto foi tão grande que caí sentado...

Um comentário:

Unknown disse...

oi tio!
tudo bem??
adorei seu blog!
beijão